O quanto você tem culpado outras pessoas pelo que acontece em sua vida?
Essa é uma reflexão que poucas vezes paramos para pensar. Vivemos buscando justificativas para o que nos ocorre e, geralmente, é muito mais fácil culpar os outros do que assumir a responsabilidade e tomar uma atitude para mudar.
Nossa tendência é sempre nos manter na zona de conforto. Por isso, mudar se torna tão difícil. Mudar exige um esforço, um movimento no sentido em que se deseja ir. A maioria das pessoas se acomodam e evitam se dedicar a uma mudança. Sabemos que aquela não é uma posição boa, mas mesmo assim permanecemos.
Está ruim mas está bom.
Nessa hora começamos a buscar desculpas, culpados para justificar nossa inércia. Culpar os outros pela situação que está, pelo como somos ou o que nos acontece, é uma escolha mais “fácil”. Isso porque a alternativa seria assumir responsabilidade sobre as escolhas. Tendemos a acreditar que isso é difícil, incômodo, mas na verdade é apenas uma mudança de atitude.
Como sempre falamos aqui no blog, a raiz de muitos comportamentos vem da infância. Hábitos que vão sendo criados por medo, por fuga, para evitar castigos dos pais. A criança que experimenta a culpabilização do outro e tem sucesso com isso, aprende que essa é uma forma confortável de levar a vida. Torna-se um hábito. E, uma vez que está estabelecido, fica muito difícil se desfazer.
A culpabilização geralmente vem suportada de algum vitimismo. Na infância, a criança se refugia em aspectos que a colocam no lugar de vítima. “É muito pequeno”, “é o caçula”, “é muito fraco”, “não sabe direito ainda”. Começa-se a criar um mecanismo mental para se safar de responsabilidade.
O Universo não tem juízo de valores, e as verdades sempre vêm à tona. Por mais protegido que uma criança seja na infância, eventualmente a vida lhe colocará na posição de assumir responsabilidades.
A única forma de sair da posição de vítima e parar com a culpabilização é fazendo um movimento para a mudança. E para isso é necessária muita força de vontade.
O primeiro passo é aceitar que esse hábito está prejudicando sua vida e em nada agrega. A partir daí comece a listar as pessoas que você tem culpado e tente enxergar a verdadeira raiz: medo, insegurança, raiva, vingança, mágoa, penalização.
Terapias são muito bem-vindas para ajudar no processo de mudança. Quando há a decisão de abrir a mente e mudar de vida, é um processo de transformação pessoal.
Não será nenhuma mágica, mas sim uma jornada.
Só precisa querer começar.
Só depende de você, não é culpa de ninguém.