Amigos, Colegas e Conhecidos

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Memória Afetiva

Escolhemos nossos amigos, e a presença deles acaba de alguma forma validando quem somos na sociedade. (Imagem: Envato)

Escolhemos nossos amigos, e a presença deles acaba de alguma forma validando quem somos na sociedade. (Imagem: Envato)

Cultivamos diversos tipos de relações em nossas vidas, mas as amizades são uma das mais importantes. Diferentemente das relações familiares ou amorosas, as amizades carregam uma identidade de quem somos, do que acreditamos, das nossas escolhas. Afinal, escolhemos nossos amigos, e a presença deles acaba de alguma forma validando quem somos na sociedade. 

Até por isso, essa é uma questão que nos domina desde a infância. 
Quem são meus amigos?
Por que não tenho amigos?
Por que tenho tão poucos amigos?

Para algumas pessoas, essa questão pode levar a frustrações e carências, inclusive fazendo com que questionem seu próprio valor. A necessidade de ser aceito pode levar a pessoa a desenvolver carências e relevar suas próprias vontades na busca de amizades. 

Mas o ideal de amizade é muitas vezes mal interpretado. Conseguir categorizar corretamente o nível de relacionamento com as pessoas evita que se crie expectativas irreais e cultive frustrações inevitáveis, afinal, amigos de verdade são poucos e raros. 

Como categorizar as amizades

Algumas pessoas conhecem alguém hoje e já chamam de amigo. Sem ter muito contato, sem partilhar mais profundamente os pensamentos, crenças, ou mesmo conhecer a personalidade de verdade da pessoa, já o coloca na categoria de “amigo” e automaticamente começa a criar uma expectativa dessa relação. 

Esses são típicos casos de uma relação entre “conhecidos”, algo superficial. Aquela pessoa que você interage ocasionalmente, conversa, mas no fundo não sabe nada sobre a vida. Isso acontece com pessoas que de alguma forma estão presentes no convívio diário, seja como prestadores de serviço, na vizinhança, em cursos que fazemos ou porque interagem em determinados círculos sociais. 

Outra categoria que geralmente é confundida, é a de colega. É comum vermos colegas serem chamados de amigos só porque trabalham juntos, ou fazem parte da nossa rotina. Convivemos com essas pessoas por alguma obrigação. Principalmente no ambiente profissional, quando estamos há anos no mesmo emprego, criamos uma expectativa de que aquelas relações carregam a intimidade e o comprometimento da amizade. Muitos se sentem frustrados quando, ao saírem de um emprego, notarem que aquelas “amizades” sumiram e não duraram. 
Eram apenas colegas de trabalho. 

As amizades verdadeiras não estão condicionadas a qualquer ambiente ou rotina. Nas amizades verdadeiras confidenciamos segredos, partilhamos sonhos, desejos e podemos partilhar com segurança sobre nossa vida pessoal. Não importa a rotina, ou o convívio diário. A amizade verdadeira vive em outro plano, sem espaço e tempo. Por isso ela é tão rara. 

Se pensarmos em uma pirâmide, a distribuição das relações seria assim:
A base, que comporta a maior parte, é onde ficam seus conhecidos.
A parte intermediária, compreende os colegas.
No triângulo da ponta, bem restrito, estão os amigos.

Entender que o espaço dos amigos verdadeiros é restrito e exclusivo mesmo ajuda com que se tenha uma perspectiva mais adequada de quem são as pessoas no nosso convívio e o que esperar deles. 

Vale lembrar que essa é uma pirâmide dinâmica, ou seja, as pessoas podem subir e descer nas classificações ao longo das relações… Ou até mesmo serem excluídas da sua pirâmide. 

Mas isso é assunto para uma outra reflexão…

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