Por quanto tempo carregamos os traumas da infância?

Escolha as suas batalhas 
Amizade recíproca existe?

Esses padrões se aglomeram como pequenos traumas que carregamos pela vida e moldam a maneira como pensamos, vivemos e vibramos. (Imagem: Envato)

A infância molda todos os mais diversos aspectos emocionais da nossa vida, e não à toa, carregamos essas influências na adolescência e principalmente na fase adulta. Herdamos de nossos pais muitas crenças que assumimos como verdade e passam a moldar a maneira como vivemos nossas vidas. Essas crenças são faladas e discutidas durante nossa criação, introduzidas através de exemplos, e que com o tempo vamos assumindo como verdadeiras.

Alguns exemplos são simples, como por exemplo quando sua mãe fala “olha o golpe de ar, você vai gripar”. Aquela mensagem acaba entrando em nossa mente como uma profecia. Acreditamos em nossa mãe, portanto acreditamos naquela mensagem e invariavelmente acabamos gripando de fato. Uma vez que a crença é estabelecida ela tem como única função se perpetuar em nossa mente. Logo, todas as vezes que tomamos um golpe de ar, gripamos. 

Agora imagine essa influência como tudo o que faz parte da nossa criação. Levando em conta que nos primeiros 7 ou 8 anos de vida recebemos aproximadamente cem mil nãos, e que para cada elogio ou encorajamento, recebemos em média 9 repressões, você pode imaginar como a carga de padrões mentais acaba sendo tão limitante. 

Esses padrões se aglomeram como pequenos traumas que carregamos pela vida e moldam a maneira como pensamos, vivemos e vibramos. 

“Sai da chuva, não toma coisa gelada que vai gripar, não sai com o cabelo molhado que vai ficar doente, leva o guarda-chuva que vai chover, leva a blusa que está frio” e quando de fato adoecemos, estabelecemos e aceitamos essa crença como uma verdade e até mesmo como uma regra, já que “deu certo”. Isso vale para uma infinidade de crenças:
“Você não faz nada certo”
“Ele não entende”
“Ela precisa de ajuda”
“É muito fraca”
“Ele faz tudo errado”
“Olha o que você fez! Estragou tudo!”

O estrago é ainda maior quando levamos em conta que nossa personalidade e caráter é formado até os 7-8 anos de idade. Todas as nossas inseguranças, medos, raivas e disfunções emocionais surgem aí. 

 

Mas afinal, quanto tempo duram os traumas da infância?

Esses traumas são criados e permanecem para sempre em nosso cérebro. Quando vivenciamos alguma situação, sentimos na pele, e isso fica marcado profundamente. Mas isso também não quer dizer que esses traumas sejam uma sentença imutável. Tudo pode ser amenizado com um trabalho adequado de alinhamento energético e mental. Terapias e suporte psicológico são importantes para entender essas programações e trabalhar para modificar. Muitas pessoas acabam utilizando os aprendizados dos traumas que “sofreram” para dar a volta por cima e ressignificar suas vidas. 

Essa pode ser uma forma edificadora de lidar com esses traumas. Analisar onde eles surgem, entender de que forma foram criados e torná-los aprendizados que possam abrir caminhos e nos impulsionar em diversas frentes da nossa vida: financeira, emocional, profissional e até mesmo religiosos. 

Os traumas sempre vão existir porque eles trouxeram aprendizados necessários, independente de gostar ou não, de querer ou não, de aceitar ou não. Esses traumas são parte da nossa evolução. 

Simples assim (ou nem tanto né).

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